Sim, meu caro, eu posso ser feliz.
Não, meu caro, tuas palavras não me
assustam.
Sim, meu caro, há um órgão de verdade.
Não, meu caro, não é metálico como o teu.
Se o coração pertence a mim,
ele amará quem eu quiser,
porque eu escolho por quem
eu me apaixono.
Se o coração não é teu,
não tente mudar o meu,
porque eu escolho a maneira
como eu amarei os outros.
Os sentimentos são infinitos,
bem como a busca por eles,
mas eu não sou infinito,
tampouco sou paciente.
Sou mortal, feito de carne;
carne que apodrece.
Sou propenso ao esquecimento e,
portanto, minha busca morre comigo.
–
por J. C. Gonçalves
Por aqui tudo é muito visceral. E inteiro. Superando e muito, essa descrição.
ResponderExcluirJonas, que saudade de vim aqui!
ResponderExcluirComo sempre, lindo! Amei! (:
http://exploradoradelivros.blogspot.com
''Se o coração pertence a mim,
ResponderExcluirele amará quem eu quiser,
porque eu escolho por quem
eu me apaixono.''
Céus, quem dera poder mandar no coração desse jeito, rapaz! Que poesia gostosa de se ler, ritmo bom, escrita boa.
É quando lembro que meu coração pulsa e sangra que seguro minha respiração e corro atrás de outros pensamentos.
ResponderExcluirParabéns pelas palavras, quanta cadência!