A Daniel Nunes
eu costumava andar no escuro.
Aprendi a amar,
mas não verdadeiramente.
Ensinaram-me a tolerar,
mas não totalmente.
Comecei a calar,
mas não eternamente.
Ele tem olhos misteriosos
e eu não posso desvendá-los.
Ele tem lábios carnudos
e eu não posso beijá-los.
Alguém me disse
para não esconder meu farol.
E longe do universo,
aprendi a ser verdadeiro.
Alguém me ensinou
a suportar as dores,
mas não os amores.
Depois de acender meu coração,
comecei a procurar por sentimentos.
– por J. C. Gonçalves
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