12.6.14

Casa Azul

Abra as janelas de tua casa
pelas quais o vento nunca pôde entrar.
E então você se sentirá em brasa
mais do que em teu próprio lar.

Aspire o cheiro do infinito:
céu pálido e luzes ofuscantes.
Nada é assim tão restrito,
exceto teus grandes amantes.

Pinte de vermelho para poder me amar
ou de amarelo para poder me felicitar.
Mas não de azul! Azul me deixa infeliz,
pois não é amável (como um aprendiz).

Acenda o fogo
capaz de queimar esta ficção.
Ora felicidade, ora satisfação;
tudo pelo qual eu desafogo.

Apague o apreço
incapaz de te ter.
E fico feliz em saber
que ainda te conheço.

– por J. C. Gonçalves

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