Tão humano quanto
você.
Tão real quanto
você.
Só não tão feliz
quanto você,
por causa de você...
Ó, tu e tua maldita
crença!
Ó, tu e teu enorme
cinismo!
Ó, tu e tua mente
pequena!
Nenhuma forma de
amor é errada;
errado é teu
preconceito, meu amigo.
Porque por dentro
somos assim:
sem diferenças
enfim.
Ó, vá, Pedro, vá
dizê-lo!
Ó, vá, Lúcio, vá
possuí-lo!
Ó, vá, Renato, vá
amá-lo!
Não vejo para que
tanta preocupação:
o coração pertence a
ele, e a ele somente.
Tua hostilidade me
preocupa
e tuas palavras me
assustam.
Ó, entenda-o como um
amigo teu!
Ó, aceite-o como um
irmão teu!
Ó, ame-o como um
filho teu!
Eles estiveram
vivendo um pesadelo.
Eles sempre estão
vivendo um pesadelo.
É sempre um pesadelo
em suas mentes.
Poderá este pesadelo
acabar?
Ó, Pedro, não se vá;
pois amar não é fatal!
Ó, Lúcio, não se
esconda; pois tu não és um animal!
Ó, Renato, não se
amargure; pois errado é não ser sentimental!
– por J. C. Gonçalves
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