28.4.14

Pesadelo

Tão humano quanto você.
Tão real quanto você.
Só não tão feliz quanto você,
por causa de você...

Ó, tu e tua maldita crença!
Ó, tu e teu enorme cinismo!
Ó, tu e tua mente pequena!

Nenhuma forma de amor é errada;
errado é teu preconceito, meu amigo.
Porque por dentro somos assim:
sem diferenças enfim.

Ó, vá, Pedro, vá dizê-lo!
Ó, vá, Lúcio, vá possuí-lo!
Ó, vá, Renato, vá amá-lo!

Não vejo para que tanta preocupação:
o coração pertence a ele, e a ele somente.
Tua hostilidade me preocupa
e tuas palavras me assustam.

Ó, entenda-o como um amigo teu!
Ó, aceite-o como um irmão teu!
Ó, ame-o como um filho teu!

Eles estiveram vivendo um pesadelo.
Eles sempre estão vivendo um pesadelo.
É sempre um pesadelo em suas mentes.
Poderá este pesadelo acabar?

Ó, Pedro, não se vá; pois amar não é fatal!
Ó, Lúcio, não se esconda; pois tu não és um animal!
Ó, Renato, não se amargure; pois errado é não ser sentimental!

– por J. C. Gonçalves

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