Meus olhos estão transbordando lágrimas
que não puderam vir antes
por causa da falta de sentimentos
– sentimentos faltantes.
Minha mão te toca em vão.
Sinto-me perdido, um tanto sozinho.
E ainda sou humano,
mesmo sem minha afeição.
Meu ombro lhe pertence agora,
por isso eu evito ir embora.
Desculpe-me, mas o amor é mais poético
do outro lado da rua.
Minhas palavras descansam em minha boca.
Afinal, basta sorrir para encantar
quem a afeição nunca pôde emocionar.
Desculpe-me, mas sou mais eu longe deste
exagero.
– por J. C. Gonçalves
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