1.6.14

Pôr do Sol

O laranja pinta as nuvens
como se elas carecessem de algum cuidado
e todo o resto se pinta de escuridão.
O céu, então, é uma pintura impressionista.

A luz se esvai aos poucos
como uma lâmpada prestes a se queimar
e todo o resto prestes a se repousar.
O mundo, então, é uma poesia moderna.

A cidade se arrepia
como a fria e tenra pele
e todo o resto me arrepia também.
A dúvida, então, é prosa realista.

O Sol deita-se sob o horizonte
como um beijo de despedida noturno
e todo o resto me beija também.
O amor, então, é uma recíproca.

– por J. C. Gonçalves

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