17.5.14

As Últimas Palavras de Eduardo

Ei Eduardo!
Seu nome não será esquecido.
Ecoará por nossas cabeças
bem como os gritos de desespero.
Invadirá nossos corações
bem como os antigos amantes.

Onde estão os instantes
que apunhalam o peito,
investigam o corpo
e o enchem de tristezas?
Aonde eles foram?
Onde eles estão?

Ó Eduardo!
Não consigo ser corajoso;
não depois de te ver tão frio.
Ela não consegue manter-se em pé;
não depois de ter seu coração partido.

Tanto tempo penetrado na escuridão
te fez ambicionar aquela última vontade
– quase inalcançável, quase em vão...
Espero que eles saibam ser sensíveis,
porque realmente não sei o que mais devo sentir.
Ó demasiadas palavras dissolvidas em um simples anseio!

– por J. C. Gonçalves

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