Pelo coração dela eu
fui acolhido
e, embora eu nunca
tenha a agradecido,
ela não me quis ver
perdido.
E o que seriam das
flores
senão presentes aos
mortos?
Pétalas brancas,
centro amarelo;
não é presente nem
flor.
É margarida, meu
amor.
Aquilo que colocarei
no seu cabelo.
E o que seria do rio
sem a efemeridade
que ele representa?
Pelo coração dele eu
fui compreendido
e, embora eu tenha
partido,
ele se dispôs a
atender ao meu pedido.
E o que seria de nós
senão pessoas
assustadas?
Parede
ensanguentada, parede rachada;
não é arte moderna
nem atrasada.
É rebelião, meu
amigo.
Razão pela qual te
sigo.
E o que seria do
mundo
sem a desordem que
ele representa?
– por J. C. Gonçalves
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