14.5.14

Primeira Rebelião

Quando o caos eclodiu,
apenas corri e gritei,
sem saber para onde ir
muito menos a quem chamar.

Não havia luzes nas ruas.
As casas pegando fogo
era o que me iluminava.

Decidido a sentar
e esperar pelo meu terrível destino,
ele surgiu do chão,
agarrou minha mão
e levou-me para longe.

Sofia também foi salva.
Ela estava com medo.
Todos nós estávamos, mas ele não…
Eduardo prometeu nos salvar
e ele bravamente o fez,
derramando seu próprio sangue.

Costumávamos ser apenas crianças,
mas agora isso não é importante,
pois eles querem nos mudar e nos ferir,
e agora… nada é importante.

Não havia exceções.
Se você fosse humano,
você teria que se rebelar.

Quando a desordem acabou,
apenas queríamos voltar para casa.
Porém, não tínhamos mais casa
e não éramos mais crianças.

– por J. C. Gonçalves

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